Afinal, quais os principais impactos do TEA na rotina do paciente?
- Daniel Barboza Salvador
- 7 de abr.
- 2 min de leitura
Compreender os desafios enfrentados por pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é fundamental para um atendimento médico mais humanizado e eficaz. Independentemente da sua especialidade, é provável que, em algum momento, você já tenha atendido ou venha a atender um paciente dentro do espectro. Reconhecer os sinais do transtorno e oferecer a orientação adequada pode transformar a qualidade de vida não apenas do paciente, mas também de sua rede de apoio. Mas quais são os principais impactos do TEA no dia a dia? Eu te explico.
Os impactos do TEA na rotina
Dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos são as principais características de pessoas diagnosticadas com o TEA, um transtorno do neurodesenvolvimento que manifesta sintomas desde a primeira infância. Esses principais sintomas podem levar a impactos substanciais na vida de uma pessoa, influenciando sua rotina de maneiras distintas.
Abaixo, destaco alguns dos principais impactos:
1. Seletividade alimentar:

Pessoas com TEA frequentemente apresentam preferências alimentares restritas, rejeitando certos alimentos devido à textura, cor ou sabor. Essa seletividade pode levar a dietas pouco variadas e, em casos extremos, a deficiências nutricionais.
2. Hipersensibilidade sensorial:

Indivíduos no espectro autista podem ser extremamente sensíveis a estímulos sensoriais, como luzes brilhantes, sons altos ou certos tipos de toque. Essa hipersensibilidade pode causar desconfortos e levar à evitação de determinadas situações ou ambientes, como eventos públicos ou cinemas.
3. Dificuldade de regular as emoções:

A regulação emocional pode ser um desafio para pessoas com TEA. O paciente com este sintoma pode responder situações comuns de forma intensa, como explosões de raiva, ansiedade elevada ou episódios de choro, afetando a interação social e o bem-estar geral.
4. Desafios na interação social:

Pessoas com TEA podem enfrentar dificuldades em compreender e responder a normas sociais não ditas, como expressões faciais ou linguagem corporal. Isso pode levar a mal-entendidos e isolamento social.
5. Comorbidades associadas:

É comum que indivíduos com TEA apresentem outras condições associadas, como depressão, ansiedade ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Essas comorbidades podem intensificar os desafios enfrentados no dia a dia e requerem atenção especializada.
Como diagnosticar o TEA
Um dos principais recursos usados para diagnosticar o TEA na atualidade é a avaliação neuropsicológica: um exame realizado por um(a) psicólogo(a) especialista em neuropsicologia, com o objetivo de investigar e descrever o perfil cognitivo do(a) paciente. Esse processo avalia possíveis alterações cognitivas associadas às desordens neuropsicológicas e outros transtornos, auxiliando no diagnóstico e no planejamento terapêutico.
Convido você a entender melhor sobre a importância da avaliação neuropsicológica clicando aqui.
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